Artropatia de Charcot (Pé de Charcot)

O Pé de Charcot é caracterizado por ser uma deformidade nos pés resultante de danos nos nervos (neuropatia) do pé ou tornozelo.

Esses danos nos nervos são capazes de enfraquecer os ossos, resultando em eventuais fraturas e, com caminhada contínua, a uma alteração no formato do pé.

A Artropatia de Charcot é uma condição grave que pode resultar em deformidades sérias, além de poder gerar incapacidade ou até mesmo levantar a necessidade de amputação.

Portanto, é crucial buscar tratamento médico adequado logo nos estágios iniciais da doença para cessar o avanço dos sintomas.

A complicação, conhecida como Pé de Charcot, desenvolve-se através de uma combinação de neuropatia com lesões recorrentes no pé. A progressão dessa condição ocorre ao longo dos anos e pode agravar-se ao praticar caminhadas contínuas.

Inicialmente, essa condição pode manifestar-se com uma vermelhidão e inchaço aparente no pé, evoluindo então para deformidades graves e uma aparência anormal semelhante a um mata-borrão no pé.

Em geral, pessoas com neuropatia possuem o risco de desenvolver essa condição.

O Pé de Charcot desenvolve-se como uma consequência da neuropatia, caracterizada por ser uma condição capaz de reduzir a sensibilidade à temperatura, dor e trauma.

Essa neuropatia pode ser resultante de diversas complicações médicas, como: diabetes mellitus, lepra, sífilis, poliomielite, alcoolismo crônico ou siringomielia.

Entre os estágios iniciais, as articulações responsáveis por suportar o peso começam a se romper, e o pé pode apresentar calor ao toque, bem como dor ou desconforto. A perda de sensibilidade nos pés devido à neuropatia torna o pé suscetível a lesões e fraturas, muitas vezes passando despercebidas pelo próprio paciente.

Com o passar do tempo, o pé adquire uma forma anormal, assemelhando-se a um mata-borrão, enquanto as fraturas e luxações podem contribuir para deformidades graves no pé e tornozelo (como o colapso do mediopé ou instabilidade na parte de trás do pé e tornozelo).

Caso você tenha sido diagnosticado com Pé de Charcot, é crucial iniciar o tratamento com um médico o mais rápido possível, pois a condição pode agravar-se rapidamente com qualquer tipo de atividade física.

Infelizmente, isso resulta em uma rápida evolução da complicação, evidenciada por inchaço dos tecidos moles e fragmentação óssea durante as radiografias iniciais, enquanto a luxação da articulação pode se manifestar em poucas semanas após o início do problema.

É essencial seguir à risca o plano de tratamento estabelecido por seu médico para evitar mais complicações, tais como úlceras e a alta possibilidade de amputação.

Entre os primeiros estágios do Pé de Charcot, é possível adotar abordagens não cirúrgicas que podem proteger o pé e o tornozelo, permitindo que os ossos enfraquecidos se curem de forma natural. Modificações na atividade também podem ser necessárias para prevenir lesões repetitivas.

O tratamento não cirúrgico pode envolver imobilização total para impedir que o paciente coloque peso no pé até que o cirurgião determine que é seguro. Outras opções incluem talas protetoras, sapatos com inserções especiais ou gesso, em uma forma de evitar que o pé sofra com mais danos.

Em situações mais graves, a cirurgia pode ser indicada. Nesse caso, um cirurgião especializado irá avaliar a gravidade da deformidade e determinar o momento certo para realizar uma intervenção cirúrgica, indicando também o procedimento apropriado.

Segundo a gravidade do Pé de Charcot, é crucial que pessoas com doenças associadas à neuropatia (como diabetes) adotem medidas preventivas e busquem atendimento médico o mais rápido possível diante dos sintomas.

Exames regulares com um especialista, além da adesão às instruções de prevenção e tratamento, são necessários para evitar recorrências. Medidas especiais também devem ser tomadas para evitar lesões, como excesso de exercícios, por exemplo.

Enquanto isso, pessoas que estejam nos estágios iniciais da condição podem se beneficiar do uso de calçados com profundidade, como o New Balance 928, que estão acompanhados por uma palmilha de alívio de pressão.

A escolha de calçados deve garantir o tamanho confortável e ainda evitar que os dedos atinjam a extremidade do calçado em questão. Conforme a condição avança, é possível surgir a necessidade de recorrer a calçados e palmilhas ortopédicas personalizadas.